Cultura 1

Sabe que não é sempre que eu vejo meus amigos em cima de um palco. Geralmente sou eu quem está lá gritando e fazendo um barulho que alguns até se atrevem a chamar de música.

Ontem, eu tive a oportunidade de ver muitas das pessoas que eu mais amo mostrarem seu talento em uma peça no Solar de Botafogo (General Polidoro, 180). A peça foi produzida pela direção e pelos alunos Escola Dinamis.

Escrita e representada pelo chamado Gente que Faz (um grupo de teatro da escola onde participam muitos dos meus amados leitinhos: Ana Amelia, Henrik, Clara, Luiza...) a peça tratou de três assuntos -Amor, Drogas e Um Peixe fora D'Água - por meio de quadros com eventos isolados.

Não vou me lembrar fielmente de todos os quadros, mas como a propria professora deles disse, é uma peça de jovens para jovens. Meus jovens!

No primeiro tema, Amor, os alunos mostraram o sentimento que temos nas novelas, a realidade dura de um amante frustrado, o 'TOCO', a pessoa que quer amor mais do que pode ter, entre outros quadros divertidíssimos. Henrik estava impagável levando foras em uma balada.
Já no segundo tema, Drogas, vemos como a necessidade de socializar-se pode se tornar a porta de entrada para o universo das drogas de qualquer espécie. Mas vejam só, entre as personagens do tema estava uma que me chamou a atenção. Pedro. Estilo nerd, óculos, suspensórios e um jeito peculiar de falar. Interpretado pela minha amável Luíza Braga, eu achei o tal Pedro bastante familiar. Mas...nããão...Não devia ser nada. Quando a peça acabou ouvi comentários de que havia sido inspirado na minha pessoa! Absurdo não? Loucura, total.
Por fim, o ultimo tema, Peixe Fora D' água, traz a reflexão sobre a aceitação no grupo e a dificuldade de lidar com as diferenças próprias e dos outros. O drama da aluna nova interpretada por minha querida Ana Amelia Balbi me fez lembrar meus tempos de ginásio e com tantas lembranças vindo a tona, desabei.

Tirando algumas aventuras para chegar ao Solar e finalmente sentar confortavelmente em minha poltrona especial, aproveitei a peça desde o início, na companhia de alunos e convidados. Durante a peça, tenho de admitir que me amocionei diversas vezes, feliz por tudo aquilo estar acontecendo e encantada pela capacidade dos meus garotos. Meus olhos encheram d'agua.Mas oras! Homem não chora, então não vou entrar em detalhes, ok? Obrigada a todos por terem me proporcionado uma noite maravilhosa e parabéns pela dedicação e responsabilidade de levar um evento como esse a todos nós que compomos essa platéia sortuda.